terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo de David Levithan e Rachel Cohn

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 Oulá, pessoas! Tudo perfeito com vocês? As férias estão me fazendo bem, disso tenho mais do que certeza. Como a sensação de passar o dia deitado na cama, lendo um livro ótimo sem sem incomodado por ninguém, depois de muita correria e estresse do ano todo, não é mesmo? E não foi diferente com a obra do David e da Rachel, na verdade, foi exatamente o que aconteceu rs. Acompanham-me? 

 
 Naomi & Ely são amigos desde sempre. Desde sempre mesmo, pra ser honesto. São conhecido como um sendo a parte do outro, inseparáveis. Mas, como toda amizade clichê, Naomi é apaixonada por Ely, daquele tipo romântico mesmo. Porém, como nada nessa vida é bolha e sabão, Ely prefere... garotos. 

   Eles vivem no mesmo prédio, no mesmo andar, no mesmo corredor; são vizinhos de porta. Possuem meio que um santuário no alto da escada e criaram A Lista do Não-Beijo, uma compilação de caras que ambos são proibidos de beijar. Desde colegas de ensino médio ao novo porteiro do prédio, Gabriel, Naomi e Ely concordam que aqueles caras são completa e totalmente não-beijáveis. 

   Naomi namora Bruce, o Segundo (porque também tem Bruce, o Primeiro), e possui Robin como amiga e colega de classe, mas também conhece Robin, um menino que gosta da... Robin. Ela é tida como a linda e perfeita, detona corações Naomi. Já Ely é sua outra metade, digamos assim, mais vivida. E os dois andam perfeitamente bem com suas vidas juntos, até que se apaixonam pelo mesmo cara. 

   Combatendo problemas pessoais, vida acadêmica, o futuro e todos os dilemas de um recém-formado do ensino médio, Naomi e Ely vão acabar descobrindo que existe algo mais importante na vida do que uma briga sem cabimento, ainda mais por cima uma briga relacionada a um cara. 

   Sabe aquele livro que bate na sua porta, como quem não quer nada, mas não te deixa sair da cama quando o deixa entrar? Foi assim comigo. Entre uma pausa dos contos de Nárnia, resolvi pegar o livro antes de assistir ao filme, e quanto mais eu lia, parecia que não acabava (de um jeito ótimo, diga-se de passagem). A narrativa dos autores é inteiramente fluida, o leitor nem percebe que está virando páginas atrás de página até não ter mais uma para virar. 

   A linguagem de David e Rachel ajuda, e bastante, nesse quesito. Não é aquela narrativa maçante, demorada e cheia de rodeio. É direta, jovem, atual (podemos perceber pelos símbolos usados nas partes narradas por Naomi), e cativante. Os personagens... 

   Não gostei de Naomi. O fato dela cobrar, mesmo apenas para si, o amor de Ely o tempo todo e ficar brava internamente por ele beijar meninos, não caiu pra mim. Achei enjoativo e uma desculpa para criar um triângulo (?) amoroso entre os personagens. No filme, estrelado por Victoria Justice e Pierson Fodé, a personagem me irritou ainda mais. Mas, por outro lado, gostei de Ely. Ele é autêntico e seguro de si, e não é como Naomi. 

   O livro é narrado pelos diferente personagens da trama: Naomi, Ely, Gabriel (pra mim os capítulos mais chatos), Robin e Robin, Bruce, o Segundo... O que tornou mais dinâmico e natural a compreensão de como suas vidas são afetadas pela situação, além de podermos conhecê-los melhor. 

 

Passando para o filme agora... Achei a adaptação bastante fiel ao livro, me vi lendo novamente, dessa vez com as imagens. Mesmo com todas as mudanças que são necessárias em toda adaptação, o resultado foi satisfatório. Pelo fato de eu ter assistido assim que terminei minha leitura, pude notar alguns pontinhos diferentes, que normalmente notaria se pegasse o livro novamente, no caso de ter lido um tempo antes de assistir. 

   Alguns personagens passaram por mudanças do livro para a tela, como Bruce, o Segundo, que ficou uma mistura de Bruce e Robin-menino do livro. Acho que o personagens que mais sofreu alterações foi, de fato, Robin-menino; no livro ele é traficante de drogas e apaixonado por filmes, cargo que ficou para Bruce, o Segundo nas telas, ao contrário do livro em que é estudante de economia. 


    As ordens de alguns acontecimento também sofreram alteração, assim como diálogos e ocupações dos personagens. O que foi uma mudança sutil e agradável, não afetou em nada o caminhar da história. Muitas frases marcantes e essenciais do livro aparecem no decorrer do filme, o que aumentou mais a minha sensação de estar lendo o livro em movimento. 

    No geral, recomendo ambos, tanto filme como livro. São ótimos para quem curte o gênero e perfeitos também para descobrir o real significado de amizade e auto-descoberta. No fim, aguardo vocês no próximo post! Até. 





Nota: 3,8. 


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